01 dezembro 2019

Brocoió e Paudágua - cap. 1 ao 5

J. Carlos criou alguns personagens em Careta.
Na edição 41 de 1909 surgiu Polydoro (um sujeito muito polido) mas o troço não vingou;
Na edição 63, do mesmo ano J. Carlos tenta agora com Bacharel Linguiça, também não vinga;
Ainda em 1909, na edição 81 parece que finalmente um personagem seria alvo de uma série,  Brederódes Sucupyra, um medium bebum que aparece em cinco (capítulos) páginas com a promessa de continuação mas só uma promessa.
Segui essa pista em uma dica do mestre Herman Lima (volume 2) que cita Brocoió como uma tira de certa popularidade.
O primeiro capítulo estréia no n. 164 de 1911, são vários capítulos, começa de forma trágica com um acidente automobilistico em que o herói perde toda a massa encefálica (miolo) e um cão (Paudágua - que seria batizado por um padre no capítulo 5) devora todo o cérebro que estava no chão ensaguentado.
O médico dr. Sabão entope o crânio de Brocoió com miolo de pão - algo nisso lembra o conto "O Homen de Cabeça de Papelão" de João do Rio.  E como ambos os artistas se conheciam...
A história segue maluca no melhor estilo do Yantok, o sujeito chega perto do sol e fica torrado, é espetado em um pára-raios etc etc.  Mas isso é só mair pra frente, vamos ficar com as cinco primeiras prachas:






Fonte:  Biblioteca Nacional (linkada acima)

2 comentários:

Mig Mendes disse...

Alguém fez um estudo sobre esse tema das "desventuras" nos quadrinhos da época? Desde Agostini, pelo menos, os caricaturistas gostam de retratar homens trapalhões se dando mal na cidade e no uso de máquinas. Eu estou escrevendo tese e me interessa, mas em vez de J.Carlos estou focando mais no Alfredo Storni.

Dourado disse...

olá, Miguel, acreidito que não.
Essas trapalhadas dão mesmo um ótimo estudo, Max Yantok também era mestre nisso.